Na entrevista, Mestre Espedito Seleiro, 85 anos, artesão em couro, criador de imagens, cores e formas que dizem do Nordeste profundo e da alma brasileira, fala, em Nova Olinda, sobre a premiação que acaba de receber, no Rio de Janeiro, das mãos do presidente Lula. Na reinauguração do Palácio Gustavo Capanema. Ao lado de outros protagonistas da cultura e das artes brasileiras, como Fernanda Torres e Chico César.
Mestre Espedito conta que perguntou se Lula se lembrava dele. E que agradeceu pela homenagem, especialmente pelo reconhecimento à cultura do Nordeste e por ser o único cearense homenageado nesta solenidade. E ainda pela homenagem em vida. "Eu mesmo participei de diversas homenagens a pessoas que já tinham partido. Não é a mesma coisa. É muito melhor receber homenagem em vida. Aí sim!", destaca.
Na entrevista, o mestre conta sobre a homenagem com a Ordem do Mérito Cultural e sobre seu dia a dia no Ateliê, criando novas obras a serem talhadas em couro. Fala sobre a saudade do professor Gilmar de Carvalho ("Ele era rigoroso! Tudo que ele falava que ia acontecer acontecia mesmo"), que estudava e divulgava o trabalho do mestre muito antes de este se tornar conhecido pelo grande público e de receber distinções como a de Mestre da Cultura do Ceará. Também sobre o porquê, na sua visão, de as obras que cria com multicores e formas falam tanto ao coração das pessoas.
Confira a entrevista, feita na manhã desta quinta-feira, 22/5, na loja do mestre, em frente ao seu ateliê, na ensolarada Nova Olinda. "Cheguei da viagem quatro da manhã. Nem dormi ainda. Vou dormir daqui a pouco...".
Postar um comentário