O Festival Canoa Blues chega à 16ª edição e se inicia com atividades de arte-educação. Um feito, no cenário desafiador da produção cultural no Ceará e no Brasil. Uma vitória da equipe coordenada por Roberto Maciel, jornalista, produtor, gaitista e pesquisador da história e do presente do blues. Confira texto adaptado de matéria do jornal O Povo. A assessoria de comunicação do festival é do querido colega jornalista Felipe Palhano, do site Divirta-CE.
Há 16 anos promovendo programação cultural alternativa em Canoa Quebrada, o Festival Canoa Blues reúne nomes internacionais e talentos locais do gênero em shows, workshops, palestras, exibições de documentários e jam-sessions.
A edição deste ano teve partida nesta terça-feira, 7/11, com doação de livros à ONG Canoa Criança. A entrega foi feita nas associações Canoa Criança e Ninho de Livros.
Além da literatura, as crianças e adolescentes atendidos pela instituição participam do curso de arte em areia, com produção de obras em garrafas com areia colorida. As aulas serão ministradas pelo artista plástico, músico e educador social Gledson Melo.
"Ser recebido e apoiado pela ONG Canoa Criança, que engaja uma equipe multidisciplinar e capacitada, torna o Canoa Blues um evento mais forte e capaz de planejar e realizar. É uma parceria com resultados muito positivos", afirma Roberto Maciel.
Após essa etapa inicial, o festival divulgará em breve as atrações musicais que devem se apresentar em dezembro. Segundo a organização do evento, a atmosfera entre ídolo e público será diferente, “obtendo autógrafos e até mesmo participando de momentos musicais improvisados”.
O evento é gratuito e ainda está captando patrocínios e apoios para a realização. Para Roberto, a falta de fomento para festivais como o Canoa Blues ainda é uma pauta a ser amplamente discutida em busca de soluções.
“Todos os processos ficaram mais lentos e complicados - certamente em razão das sequelas deixadas pela gestão de Jair Bolsonaro, que só não destruiu a Cultura e a economia criativa nacionais por conta da resistência de agentes do setor. A gente reconhece esses entraves, procura contorná-los, e busca soluções. É claro que as saídas não são individuais, nem poderiam ser, daí a necessidade de organização e planejamento. Não se trata apenas de boa vontade, mas de foco e vontade política”, defende Roberto.
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