Quatro décadas de amor pela música, de carisma e reconhecimento pelo público de cidades como Fortaleza,
Brasília, Rio de Janeiro, de produção autoral com direito a sucessos no rádio e nas plataformas, de um esmerado
trabalho de intérprete, daqueles capazes de apresentar a seu próprio modo cada canção, de forma marcante
e inconfundível.
Paulo Façanha, cantor, compositor, violonista, está celebrando 40 anos de carreira, como um dos nomes mais
aplaudidos da música do Ceará para o Brasil. Com direito a muitas parcerias, a um público que se mantém fiel
e ao mesmo tempo se renova, com uma musicalidade cheia de suingue, harmonia, melodia, em uma comunicação
direta com cada ouvinte, em uma relação de empatia e cumplicidade.
O show comemorativo acontece nesta quinta-feira, 5 de junho, no Boêmios, na Praia de Iracema, às 19h.
Desde meados dos anos 1980, Paulinho Façanha é ao mesmo tempo espectador e protagonista de vários momentos
na cena musical da capital cearense, desde as primeiras apresentações em bares, casas noturnas, espaços de shows,
até a afirmação da geração que dos anos 80 para os 90 se firmou com ele e com colegas como Davi Duarte, Isaac
Cândido, Kátia Freitas, Edmar Gonçalves, Marcus Caffé, Serrão de Castro, Luciano Robot, Aparecida Silvino,
Késia, Lily Alcalay, Rogério Franco, Gilmar Nunes, Evaristo Filho, Lupe Duailibe, Marta Aurélia, entre inúmeros
outros.
Paulo iniciou sua trajetória profissional já aos 17 anos, em espaços da noite de Fortaleza, e desde cedo participou
também de festivais como o de Camocim, nos anos 1980, e o da Universidade Federal do Ceará, nos anos 1990,
quando foi premiado com a canção “Calabouço”, dele e de Beto Paiva, seu grande parceiro, mais tarde gravada
no disco de estreia de Paulo, “Parto”. Também no Festival MPB de Tatuí-SP, no Conservatório Carlos Campos,
quando, na década de 2010, foi premiado por sua interpretação da música “Presságio”, de Luciano Franco
e Dalwton Moura. Dalwton também parceiro, ao lado de Gilmar Nunes, em outro dos grandes sucessos de Paulo,
“Tantos versos”, musica que recebeu diversas gravações.
Outra parceria com Beto Paiva, “Quando a noite chegar”, foi gravada por Jorge Vercillo e se tornou sucesso
nacional, tocando em rádio até hoje e contribuindo para que novos públicos tenham tido acesso à obra de Paulo
Façanha, tanto como compositor quanto como intérprete. Paulo também gravou juntamente com Vercillo e com
o mestre Adelson Viana a música “Apesar de cigano”, de Altay Veloso, no DVD produzido por Jorge no
Theatro José de Alencar.
Paulo também marcou época na Praia de Iracema dos anos 90 e 2000, com as inesquecíveis noites de segunda-feira
no Cais Bar, em que promovia o “Canjão do Façanha”, recebendo inúmeros convidados para dividir o palco, em
atmosfera de amizade, congraçamento e informalidade, características que se mantêm até hoje, na predileção
pela coletividade, por reunir os colegas músicos e músicas, promovendo grandes encontros. Foi assim nos shows
de grande porte, em espaços como o Iate Clube, nas memoráveis edições do “Natal do Maior Abandonado”,
em Fortaleza, e em tantas outras ocasiões. É sempre cercado pelos amigos, colegas e ouvintes que Paulo Façanha
gosta de construir sua vida e sua arte. Sempre com um sorriso aberto a todos e a cada um, cada uma.
Parabéns, Paulo Façanha. Que venha muito, muito mais!
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