O show do Coletivo SIM acontece neste domingo, 17/8, às 16h, no Museu da Imagem e do Som do Ceará, celebrando o Dia Mundial da Fotografia (comemorado em 19/8) e reunindo Adriano Kanu, Alan Kardec, Calé Alencar, Clara Dourado, Dalwton Moura, Edmar Gonçalves, Gilmar Nunes, Íris Sativa, Jacques Antunes, Luh Lívia, Marcelo Renegado, Marcos Melo, Paulo Façanha, Ricardo Pinheiro, Rogério Soares, Romualdo Filho, Ronald de Carvalho, Tannat e Yane Caracas.
A banda de apoio será formada por Alan Kardec e Ronald de Carvalho (guitarras), Romualdo Filho (contrabaixo), Ricardo Pinheiro (bateria), Adriano Kanu e Marcos Melo (percussão).
Juntamente com o show acontecem a Feira da Fotografia e a Feira do Vinil, com a participação de dois grandes fotógrafos que apoiam a apresentação do Coletivo SIM: Jacques Antunes e Celso Oliveira.
A respeito do coletivo SIM e do show, confira texto do cantor, compositor, produtor cultural e pesquisador Calé Alencar:
A música popular cearense tem um percurso que vez em quando é estimulado e preenchido por ações do coletivo de seus músicos, compositores e intérpretes. Foi assim na década de 1960, com o álbum Ceará, Terra da Luz, que reuniu Humberto Teixeira, Lauro Maia, Luiz Assunção, 4 Azes e 1 Coringa, Vocalistas Tropicais, Trio Nagô e Catulo de Paula, entre outros. Em seguida tivemos o antológico álbum com as finalistas do Festival de Música Popular Aqui, reunindo o primeiro núcleo a prenunciar o que veio a se chamar Pessoal do Ceará: Ricardo Bezerra, Fagner, Izaíra Silvino, Rodger Rogério, Braguinha, Augusto Pontes, Dedé Evangelista, Lauro Benevides e por aí vai.
O álbum Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem, já na década de 1970, tem um quê de coletivo, embora assinado por Ednardo, Rodger Rogério e Téti. Estão lá outros integrantes do Pessoal do Ceará, músicos, compositores e idealizadores do projeto.
Algum tempo depois veio o álbum duplo Massafeira, produzido por Ednardo e Augusto Pontes, com capa de Brandão, o mesmo que fez a capa do Festival de Música Popular Aqui. Em 1979 aconteceu a Massafeira Livre, durante 4 dias no Theatro José de Alencar. Gravado nos estúdios da CBS, no Rio, no mesmo ano do evento em Fortaleza, o álbum Massafeira foi lançado pelo selo Epic em 1980 e revelou Lúcio Ricardo, Mona Gadelha, Rogério Soares, Ângela Linhares, Calé Alencar, Caio Sílvio, Zezé Fonteles, Graco, Ferreirinha (Francisco Casaverde), Ana Fonteles, Tânia Cabral, Vicente Lopes, Chico Pio, Stélio Vale e muita gente mais.
Na década seguinte, em 1993, foi lançado o álbum duplo Lauro Maia – 80 Anos, pelo selo Equatorial Produções, reunindo 5 gerações, de 1950 a 1990, em torno da obra de Lauro Maia. Ainda na mesma década tivemos o mutirão musical que resultou no álbum Liberado, com Francis Vale, Alano de Freitas e Jacques Antunes atuando como produtores de um trabalho marcante, juntando intérpretes de alto nível para registrar as parcerias de Francis e Alano.
O século XXI trouxe um encontro musical que reuniu várias gerações de músicos, intérpretes e autores em torno do projeto Futuro e Memória, através de shows em várias cidades do Nordeste e também em dois álbuns produzidos por Dalwton Moura e Rogério Franco. A música cearense teve ainda um momento bastante auspicioso criado pelo poeta e produtor cultural Alan Mendonça, que reuniu os musicais alencarinos em apresentações de shows e gravação do álbum Bora!.
SIM – SOM E IMAGEM NO MIS inaugura mais um tempo de pensar e cantar coletivamente, reunindo talentos que expressam cearensidade e persistência, abrindo caminhos para variadas texturas, dizeres e cantares, apresentando variações de gêneros e formas que explicitam a diversidade tão presente na arte e na cultura dos tempos de agora.
SIM – SOM E IMAGEM NO MIS aporta em agosto dos ventos, das raias enfeitando os céus da Fortaleza. Nossa rua se enfeita de sons e imagens, com a presença iluminada de Adriano Kanu, Alan Kardec, Calé Alencar, Clara Dourado, Dalwton Moura, Edmar Gonçalves, Gilmar Nunes, Íris Sativa, Jacques Antunes, Luh Lívia, Marcelo Renegado, Marcos Melo, Paulo Façanha, Ricardo Pinheiro, Rogério Soares, Romualdo Filho, Ronald de Carvalho, Tannat e Yane Caracas.
Sim, a música que somos e somos do Ceará. Musicalidade pulsante e fraterna, amiga e vária, desse pedaço de chão e de outros palcos. Música que move e nos alimenta deste sentimento e nos revela cearenses cidadãos do mundo.
Sim, o afirmativo, pulsante, presente, a ocupação, a voz, o canto e a canção. O primeiro encontro do SIM ocorre no próximo dia 17 de agosto, às 16 horas, na praça do Museu da Imagem e do Som, avenida Barão de Studart, em frente ao Palácio da Abolição e da Galeria da Liberdade.
Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, agosto de 2025,
Calé Alencar – cantor e compositor.
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