Festival Rock Cordel promoveu mais de 80 shows, movimentou a cadeia econômica da cultura, uniu gerações e trouxe novidades. Confira depoimentos e saiba mais
O Festival Rock Cordel retornou em grande estilo, com a edição encerrada no último sábado, 19/10, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, como o maior evento do gênero promovido pelo por uma instituição pública em todo o País. Foram mais de 80 shows, sendo um extra da banda vencedora da seletiva de grupos para se apresentarem na edição 2025 do festival, já aguardada com muita expectativa, por curadores, produtores, técnicos e principalmente pelo público.
Foi uma maratona musical, nos dias 12, 13, 16, 17, 18 e 19, reforçando a pluralidade de estilos e expressões e com novidades como oficinas, exposição com telas retratando em desenho/sketch as 80 bandas e feirinha de camisetas, instrumentos, acessórios e itens multivariados. Além da programação principal, dividida em três palcos que homenageara, cada um, Rita Lee, Raul Seixas e Serguei, nomes referenciais do rock brazuca.
O festival confirmou sua vocação como um grande espaço de convergência de influências e expressões do rock, em uma grande demonstração da pluralidade e da intensidade da cena roqueira cearense. Tudo com entrada franca, democratizando o acesso, inclusive com a oferta de oficinas com nomes consagrados da cena.
Diretor do CCBNB Fortaleza, Gildomar Marinho agradece a todos e todas que fizeram esta 11ª edição, destacando a importância histórica do festival para a cena rock e a movimentação musical em Fortaleza em geral.
"O Rock Cordel é referência, marcou época e reinventou a sua história, com esta 11ª. edição. O festival confirmou mais uma vez que tem seu nome reconhecido pelos músicos, pelo público, por todos e todas que fazem o ecossistema da cultura. O CCBNB se orgulha dessa história, agradece muito a todos e todas que dela fazem parte e se alegra demais em dar continuidade ao festival, juntamente com a presença e o apoio decisivo de grandes representantes dessa cena", destaca Gildomar.
André Marinho, integrante da equipe do CCBNB Fortaleza, que atua na produção do Rock Cordel desde a primeira edição, ressalta a variedade de estilos, gêneros e expressões reunidas, com as 80 bandas.
"O festival sempre foi marcado pela pluralidade, por abrigar todas as vertentes do rock e espelhar essa enorme variedade, a diversidade da nossa cena. Foi uma emoção construir essa nova edição, ao lado das bandas e de um super time de curadores, mais uma vez refletindo essas múltiplas vertentes sonoras no palco do CCBNB Fortaleza", aponta, destacando também a homenagem e o agradecimento a Ednardo, autor da canção "Rock Cordel", que deu nome ao festival.
George Frizzo, integrante da curadoria e também veterano no festival, ressalta que muitos nomes hoje estabelecidos nacional e internacionalmente passaram pelo Rock Cordel. “Não podemos esquecer que bandas importantes do rock feito em Fortaleza, que são referência no Brasil, como Cidadão Instigado, Montage, Selvagens à Procura de Lei, Facada, Jonatan Doll e os Garotos Solventes e o guitarrista Artur Menezes passaram pelos palcos do festival, no CCBNB"
Curadores do festival
Entre os curadores desta edição estão Amaudson Ximenes, sociólogo, guitarrista, cantor, compositor, produtor cultural, presidente do Sindicato dos Músicos do Ceará, presidente da Associação Cultural Cearense do Rock, a ACR, que faz um trabalho histórico no associativismo, na organização e na promoção de inúmeras bandas associadas; Felipe Cazaux, guitarrista, cantor, compositor, integrante da Associação Casa do Blues e referência também no rock em Fortaleza, com uma carreira reconhecida também em outros estados; George Frizzo, sociólogo, designer, contrabaixista, produtor cultural, referência na divulgação do rock cearense desde a época dos fanzines, autor de livro sobre as turnês da banda S.O.H. por Europa e América do Sul; Andrew Davis, músico de blues, comunicador, produtor do programa Mercado da Arte; Fernando Pessoa, produtor de nove edições do evento e de dois anos do programa Rock Cordel, tendo atuado também por sete anos na área de música do Programa BNB de Cultura.
(Fotos por Joanice Sampaio, exceto a imagem da banda Jardim Suspenso, por Liézio Gomes)
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