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Alice David faz show "Análise Selvagem" sábado, 15/3, às 19h, no CCBNB Fortaleza. Entrada franca

 

Alice David, em foto de divulgação, por Letícia dos Passos

 

 
Um show arrebatador, com arranjos e performances marcantes, de músicos da nova cena cearense e grandes canções de uma artista tão jovem quanto intensa, inspirada, corajosa. Assim é a apresentação de Alice David, que acontece no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) Fortaleza, no sábado, 15/3, às 19h, com entrada franca. O show integra a programação especial do mês da mulher, no centro cultural, que já contou com apresentações de artistas como Anna Canário, Joanice Sampaio e Jardim Suspenso, Ângela Lopes, Mariana Lima e Raara Rodrigues no show "Elas, o Ceará e o Jazz". 

São muitos os motivos pelos quais Alice David se destaca no palco, desde o belo timbre de voz, a consciência e a consistência de seu canto, acompanhado com desenvoltura ao violão, passando pelo figurino assinado por Ruth Aragão (vestindo toda a banda), pelo carisma e pela presença cênica, mas principalmente pela verdade que (de forma ousada) apresenta ao público.

Uma compositora de precoce amadurecimento e de muita personalidade, com melodias sinuosamente elaboradas, tecidas sobre harmonias simples, com inventividade mesmo quando partem de progressões de acordes, timbres e ambiências sonoras bem conhecidas. Alice tece suas canções com muita propriedade, com outras cores por vezes intuitivas, por vezes esmeradas, quase sempre emocionais e emocionantes. Com um sotaque próprio, de forma muito pessoal, ela chega a novos lugares, outras possibilidades. 




"Análise Selvagem", como espetáculo, disco, projeto foi amadurecido a partir de 2022 no Laboratório de Música da Escola Porto Iracema das Artes, por Alice David e pelos colegas de palco Gabriel Vieira (guitarra) e Briar Arraguas (contrabaixo), enquanto a também inquieta e criativa Ayla Lemos (bateria e voz) se soma ao grupo como outro destaque da apresentação.

Com tutoria da cantora e compositora paulista Tulipa Ruiz, no projeto que permite a cada artista ou grupo selecionado escolher um artista com quem dialogar esteticamente, o projeto parte da proposta de um encontro musical com referências à psicanálise. Inicialmente com a gravação de seis faixas para um EP. Posteriormente, também com o show.

No espetáculo, as quatro canções iniciais gravitam em torno de um tema denso - e instigante, não por acaso tratado por muitos no divã da análise: o quanto de amor há no que se convencionou chamar/sentir amor, na acepção afetivo/conjugal do termo. O quanto há de projeção, no ser amado, daquilo que está no ser amante. O quanto há de "amor, de fato"? O quanto há do "querer acreditar que é amor"? "Quando eu conseguir ouvir", ainda estará lá?

Essa sequência inicial do show é especialmente impactante, com "Toda beleza", "Terra sem rei", "Fetiche" e "Quando eu conseguir ouvir".

Alice contou com a participação de Fernando Catatau no primeiro single do projeto, "Tocar minha vida e uma canção qualquer", que também conta com clipe.

Alice assina todas as canções do show, com exceção de "Dádiva ou Dívida", de Iaia do Vovô, interpretada também com muita personalidade pela cantora.   

A apresentação de Alice David oferece um sopro de ânimo para o debate sobre as dificuldades da música autoral no Ceará, mostrando na prática o que quer, o que pode essa língua, na voz dessa "analista amiga minha", como Mona Gadelha, cantora, compositora, jornalista e ex-coordenadora do Laboratório de Música do Porto Iracema já escreveu, sobre a jovem artista de Itapipoca.

"Vejo a análise como um palco. Se submeter à análise é fazer cena. A postura em relação ao inesperado em psicanálise é muito semelhante àquela que um palco musical exige: extrema curiosidade e abertura. Levo muito a sério as duas coisas e acredito que andam na mesma direção", declarou Alice, em entrevista a Mona. Já o disco "Análise Selvagem" está em fase de gravação e deve estar disponível neste semestre.

Mais sobre Alice David

Além de cantora, compositora e instrumentista, Alice David, que reside em Itapipoca e já morou em Sobral, é também ilustradora. Em 2018 participou do Laboratório Ecoar, em Sobral, e gravou suas músicas com o produtor musical Cláudio Mendes, seu então tutor, com quem iniciou sua pesquisa de arranjos. Participou de shows e festivais pelo Ceará, como o Mulheres cantam a Massafeira (Aniversário do Dragão do Mar, 2024), Festival Mi (em 2023 e 2019), Festival Gente é Pra Brilhar (2020), Feira da Música de Fortaleza (2019), Show de Aniversário de Sobral #EuAmoSobral (2018), entre outros.





 


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