Mônica Salmaso e André Mehmari e Bianca Gismonti fazem shows com acesso gratuito nesta quinta-feira, 5/12, a partir das 20h30, na praça principal de Jericoacoara, pela edição especial de 15 anos do Festival Choro Jazz, apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Petrobras.
Será a terceira noite do evento, que neste ano passou por Soure e Belém no Pará, Crato e Fortaleza e agora promove até domingo, 8/12, na etapa Jeri, uma maratona de atividades, em um grande encontro da música do Brasil, com pé na areia e acesso democratizado a todos/as os/as interessados, reunindo grande público.
O espetáculo "Milton" é uma homenagem à obra de Milton Nascimento, realizada por Mônica Salmaso e André Mehmari, após uma turnê por algumas cidades brasileiras. A apresentação, que teve sua origem durante a pandemia, é um mergulho na música do compositor mineiro, refletindo as emoções intensas vividas nesse período. Com uma seleção afetiva de canções icônicas, como "Canção Amiga" e "Credo", o show destaca a importância da obra de Milton como um ato de resistência e identidade cultural. A simplicidade do formato, com apenas os dois artistas no palco, permite uma conexão profunda com o público e a música.
Mônica Salmaso e André Mehmari são músicos consagrados e parceiros de longa data. A conexão deles com a obra de Milton Nascimento é profunda e pessoal, influenciando suas trajetórias artísticas. Durante o isolamento, eles gravaram o projeto "Quarentena", em que a canção "Morro Velho" se destacou, reforçando o vínculo emocional que compartilham. Ambos expressam um forte compromisso com a musicalidade de Milton, reconhecendo seu impacto na formação musical do Brasil e na cultura. Para Mônica e André, cantar suas músicas é uma forma de celebrar e amplificar a mensagem humanista que emana de sua obra.
Já o show "Novo Set", apresentado na noite desta quinta, às 20h30, no palco na praça principal de Jeri, por Bianca Gismonti, é uma experiência musical que mistura sonoridades inovadoras e arranjos inéditos. Acompanhada por Julio Falavigna (bateria) e Fernando Peters (contrabaixo), a pianista explora ritmos e harmonias inusitadas em composições autorais, além de reinterpretar clássicos da MPB, como “Consolação” e “Jack Soul Brasileiro”, e obras de seu pai, Egberto Gismonti, como “Lôro” e “Palhaço”. Frequentemente em turnê pela Europa, Ásia e África, Bianca traz um repertório rico e diversificado, refletindo sua trajetória e suas influências musicais.
Bianca Gismonti, pianista e compositora, iniciou sua carreira aos 15 anos, acompanhando seu pai, Egberto Gismonti. Desde então, lançou diversos trabalhos, incluindo o Duo Gisbranco, que produziu três discos e um DVD. Seu álbum autoral "Sonhos de Nascimento" contou com a participação de Naná Vasconcelos, seguido pelo lançamento de "Primeiro Céu" e "Desvelando Mares" pelo selo Hunnia Records. Com uma carreira marcada por colaborações com grandes nomes da música, Bianca continua a se destacar no cenário musical, trazendo sua arte para palcos internacionais.
A quarta-feira, 4/12, foi de apresentações históricas em Jeri, com o clarinetista italiano Gabriele Mirabassi e o pianista paulistano Nelson Ayres, maestro da banda Mantiqueira e de inúmeras formações, emocionando o público, concentrado e sensibilizado do começo ao fim da apresentação na praça principal da vila. Eles sucederam o Trio Júlio, que trouxe a Jeri clássicos do choro, em uma apresentação esmerada e bem comunicativa, e outro momento marcante para a história do festival: o reencontro do grupo intitulado Nosso Trio, que reuniu o guitarrista Nelson Faria, o contrabaixista Ney Conceição e o baterista Kiko Freitas, grandes virtuosos, professores, improvisadores, cheios de suingue, criatividade e energia, em um show dos mais aplaudidos do festival até aqui.
Confira a programação de shows até domingo
A sexta-feira, 6/12, no Festival Choro Jazz, tem às 20h30 o show “Canções em Movimento”, com Gelson Oliveira, Nelson Coelho de Castro e Zé Caradípia - todos nas vozes e nos violões, ao lado de Matheus Kleber nos teclados e Giovanni Berti na percussão.
Às 22h sobem ao palco Paulo Sérgio Santos (clarinete), Mauricio Carrilho (violão) e Pedro Amorim (bandolim), o grupo O Trio, com o choro em grande destaque.
Às 23h30 hora e vez do João Bosco Quarteto, com o grande mestre da música brasileira ladeado por Ricardo Silveira (guitarra), Guto Wirtti (contrabaixo) e Kiko Freitas (bateria).
No sábado, 7/12, a partir de 20h30, serão dois shows, começando com Vanessa Moreno, uma das mais aplaudidas cantoras e instrumentistas da nova cena, com seu canto pleno de surpresas, rítmicas, precisão, ousadia, musicalidade e seu violão que combina esmero harmônico e virtuose no ritmo. Ela apresenta o espetáculo "Solar" ao lado de um super time: Felipe Martins (piano e teclado), Michael Pipoquinha (contrabaixo) e Renato Galvão (bateria). O guitarrista Pedro Martins faz participação especial.
Às 22h o palco é do referencial grupo A Cor do Som, com Armandinho Macedo na guitarra, Mú Carvalho no teclado, Dadi Carvalho no contrabaixo, Gustavo Schroeter na bateria, Ary Dias na percussão, em uma das apresentações mais esperadas desta edição do Festival Choro Jazz.
No domingo, 8/12, a partir de 19h30, o público vai curtir o último dia de festival começando pela apresentação de Armenina do Coco de Fulô, de Jeri, representando a cultura popular tradicional e os artistas de Jericoacoara.
Às 20h30, hora e vez do grande saxofonista Jota P e Grupo, com Danilo Silva na guitarra e participação de François de Lima no trombone.
E às 22h, encerrando o Choro Jazz 2024, a grande homenageada do festival, Lia de Itamaracá, ganha o palco de Jeri ao lado da Banda Ciranda do Mundo, com Ligia Fernandes (guitarra), André Luis (trombone), Erick Amorim (teclado e contrabaixo), Max Bruno (bateria) e Antonio José (percussão). Um show para o público participar junto a cada momento, vivenciar a magia de Lia, celebrar.
Choro Jazz em 2024: pela primeira vez, um festival itinerante
Apresentado pela Petrobras, que renovou sua parceria de patrocínio por ao menos dois anos, o Festival Choro Jazz chegou a 2024 com muitas novidades, acontecendo pela primeira vez de forma itinerante. As duas primeiras etapas do festival aconteceram em julho, no Pará, nos municípios de Soure e Belém, conectando-se com a cultura paraense, em destaque para a herança marajoara.
Com apoio também do Governo do Ceará e do Instituto Mirante de Cultura e Arte, o Choro Jazz chegou em setembro ao chão sagrado do Cariri, dos verdes vales, da Chapada do Araripe, sul do Ceará, das inúmeras tradições e manifestações da cultura popular tradicional e de uma infinidade de saberes e fazeres, em diversas linguagens artísticas, com destaque para a música.
O evento, que tem idealização e curadoria de Antônio Ivan Capucho e organização da Iracema Cultural, celebra seus 15 anos renovando o compromisso com a música, os músicos, o público. "É um grande encontro da música do Brasil, pra chamar atenção pra diversidade, a beleza, a intensidade dessa música, pra dimensão do nosso país e pra importância de termos ações como esta em outras regiões. É uma honra e uma alegria estarmos mais uma vez em Fortaleza e Jericoacoara com o Festival Choro Jazz", destaca Antônio Ivan Capucho. O festival também contará com oficinas em Jeri, reunindo mestres e estudantes de música, nos turnos da manhã e da tarde. Uma grande imersão musical, em um paraíso natural. Assim é o Choro Jazz!
Serviço:
Festival Choro Jazz. Em Jericoacoara, na praça central, de terça, 3/12, a domingo, 8/12, a partir das 20h30, com exceção do domingo, quando os shows começam às 19h30. Oficinas pela manhã e à tarde. Acesso gratuito em todas as atividades. Apresentado pela Petrobras e pelo Ministério da Cultura, o Festival Choro Jazz conta com apoio do Governo do Estado do Ceará e do Centro Dragão do Mar, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar. Mais informações: Instagram Festival Choro Jazz e www.chorojazz.com.
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