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Festival Ceará Voador foi aberto nesta quinta, no Dragão, com filmes e debate. Confira programação completa do evento, que vai até sábado, com entrada franca

 





A segunda etapa do I Festival Ceará Voador de Cinema, fase de exibição de filmes, seguidos de debates com seus realizadores, foi aberta no começo da tarde desta quinta-feira, 8/5, na Sala 2 do Cinema do Centro Dragão do Mar, na Praia de Iracema, em Fortaleza. 


Foi um momento de muita emoção, no início das projeções dos curtas participantes da mostra competitiva, após três dias de festival promovendo oficinas de cinema para pessoas idosas, moradoras do Poço da Draga, em encontros realizados na sede da ONG Velaumar, perto do Dragão. Agora, o festival segue até sábado, com sessões sempre às 14h e às 18h30, no Sala 2 do Cinema do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, com entrada franca e diversas ações para acessibilidade cultural e presença de pessoas nem sempre habituadas a frequentar salas de cinema.


Na sessão de estreia, nesta quinta-feira, por exemplo, estiveram presentes estudantes da Escola Clovis Bevilacqua, mobilizados pelo festival. Eles participaram da breve e descontraída solenidade de abertura do evento, em que a diretora e idealizadora do festival, a produtora cultural, poeta e atriz Sara Síntique, destacou a realização prévia das oficinas de cinema para pessoas idosas, agradeceu a todos os patrocinadores, apoiadores e parceiros e destacou a importância das políticas públicas de fomento à arte e à produção cultural.


Rúbia Mércia, Ingrid Rocha e Sara Síntique


"É um imenso prazer receber as pessoas aqui na sala de cinema do Dragão do Mar. Esse festival é apoiado pela Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza. Sem esse apoio, sem essa política pública, a gente não conseguiria fazer esse projeto, nem muitos outros poderiam acontecer", ressaltou Sara, agradecendo aos apoiadores e parceiros e desejando um excelente festival a todas as pessoas.


Ingrid Rocha, produtora executiva do festival, se somou aos agradecimentos ao público. "Imenso prazer estar vendo esse festival se realizar aqui, com a presença de vocês. Muito obrigada por terem vindo prestigiar esse momento tão especial para todos nós. Espero que vocês se divirtam e que os filmes tragam também mais conhecimentos sobre o nosso Ceará, a nossa terra, o cinema que é feito aqui", destacou. "Aproveitem essa oportunidade, de a arte estar acessível a todos vocês. A arte salva, a arte cura. Sejam muito bem-vindos ao festival".


Rúbia Mércia, integrante da comissão de curadoria do festival, enfatizou o enorme desafio de selecionar os filmes participantes e agradeceu a todos os realizadores pela participação. 


Nick Sanches, realizador do filme "Sírius não é tão longe", um dos três curtas exibidos na primeira sessão do festival", ressaltou a importância do evento para os curta-metragens e a oportunidade de exibir o filme no Cinema do Dragão do Mar. "Queria agradecer a oportunidade aos membros da equipe que estão aqui. A produtora do filme está aqui, a diretora de fotografia do filme está aqui, então acho que vai ser uma experiência legal a gente ver junto. É muito difícil a gente ver nosso filme junto na sala de cinema, então nós aqui vamos ficar fazendo isso. Espero que vocês gostem do filme e uma boa sessão". 



Roney Souza, diretor do curta "Manzape", rodado em uma comunidade do município de Tianguá, detalhou como o filme registra "o movimento em torno da agricultura familiar, com o bolo manzape. Esse bolo vem de gerações sendo feito da mesma maneira. Então, tem todo esse processo do bolo, as famílias que produzem o bolo, a forma de vida e de renda daquela comunidade, é mostrado no filme, com as imagens contando a história", ressaltou. "É uma satisfação fazer parte do primeiro festival, da primeira edição. Isso fica marcado pra gente. Muito obrigado". 


O realizador Rafasel, do Cariri, destacou como o filme "Linha de Soco" registra as batalhas de slam, na região sul do Ceará, e também agradeceu pela presença no festival.


Sessões sempre às 14h e 18h30, na Sala 2 do Dragão 


Desta quinta-feira a sábado, serão exibidos ao todo 15 curtas-metragens e dois longas, seguidos de debates com os cineastas. Sempre com entrada franca e muitas ações para efetiva participação da comunidade, com destaque para pessoas que nem sempre têm acesso ao cinema.

 

O festival é apoiado pela Lei Complementar 195/2022 - Lei Paulo Gustavo, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza. E conta também  com patrocínio da ESPAÇOPROJETOS e com a parceria do Instituto Dragão do Mar, do Atelier Rural e da Editora Substânsia.

O acesso à Sala 2 do Cinema do Dragão será gratuito, aberto ao público geral, e contará também com ações de mobilização de plateia, como oferta de transporte de ida e volta, possibilitando a participação de pessoas com histórico de poucas oportunidades de acesso ao cinema, como estudantes do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos, da rede pública, de escolas parceiras.

Para Sara Síntique, o "Ceará Voador", nome que lhe foi sugerido e que ela recebeu como presente do escritor e amigo Manoel Ricardo de Lima, é o Ceará que sonha, que voa, que sempre foi muito vanguardista.

"Pra mim o festival é um voo, gerado pelo sonho. Quando a gente senta numa cadeira de cinema pra assistir a um filme, a gente tá ali imaginando, voando. E é uma imagem que tem a ver com todas as artes, que envolve o pioneirismo e a ousadia do cearense, como no voo do pavão misterioso de Ednardo, de sonho, imaginação, ousadia", relaciona.

"O cinema cearense está voando longe, se destacando nos festivais nacionais e internacionais, ganhando prêmios. A gente acredita muito no cinema e na educação cearense, exemplos pro Brasil todo. A arte produzida no Ceará é uma pauta cada vez mais importante, sem nenhuma restrição ao que é feito fora, mas com a missão de mostrar o que temos aqui", ressalta a diretora do festival.

Filmes seguidos de debates

O Festival Ceará Voador promoverá debates com os realizadores, ao final de cada sessão. Serão três curtas a cada sessão, seguidos por 50 minutos de debate, além de um longa na noite de abertura do festival e outro na de encerramento.

"É nesses debates que a gente constrói um elo muito forte entre artistas, realizadores e público, o que é fundamental no processo de mediação cultural. É muito interessante, como ação de educação, a gente trazer o debate, a fala, a possibilidade de questionamento, em uma ação presencial, fora dos celulares e computadores", ressalta Sara Síntique.

Curadoria e formato do festival

A curadoria do I Festival Ceará Voador ficou a cargo de dois cearenses - Rúbia Mércia, pesquisadora do cinema e da educação, que já foi coordenadora de audiovisual da Vila das Artes, também do Centro Cultural Bom Jardim e atua agora no Hub Porto Dragão, enquanto cursa doutorado no eixo "Cinema, Educação, Mulheres", e Pedro Diógenes, diretor, cineasta, militante do cinema feito no Ceará há muitos anos, profissional reconhecido no Brasil e no exterior, com olhar antenado para a nova produção - e um alagoano: o cineasta Ulisses Arthur, mantenedor de um festival de cinema em Alagoas, diretor de curtas finalizados no Ceará e que se destacaram em vários festivais, engajado nos debates sobre cinema e educação e sobre democratização do acesso ao audiovisual, atualmente finalizando no Ceará seu primeiro longa-metragem.

As inscrições consideraram uma janela para um longo período de produção, como forma de contemplar filmes que foram lançados ou produzidos durante a pandemia e que sofreram com as restrições à experiência presencial do cinema.

Outro destaque vai para a presença de produções de realizadores do Interior do Estado, incluindo municípios como Juazeiro do Norte, Tianguá, Icó e Aracati.

Júri cearense e plura
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O júri da mostra competitiva de curtas do I Festival Ceará Voador será formado por Flor Fonteles, cineasta cearense de Fortaleza, que hoje mora no Canadá e integrou a primeira turma de Cinema da UFC, escrevendo atualmente um roteiro a ser filmado no estado; Lucas Coelho, destacado sonidista cearense, que estudou na Escola de Cinema de Cuba; e Wara, cearense que também estudou na Escola de Cinema de Cuba e tem um pensamento muito forte sobre a descentralização do cinema, trabalhando também com cinemas indígenas.

Serviço:

I Festival de Cinema Ceará Voador. Exibição de filmes de 8 a 10 de maio, na Sala 2 do Cinema do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Entrada franca. Oficinas, para público previamente definido, em parceria com o Instituto Velaumar, de 5 a 7 de maio no Coreto em frente à Ponte Velha, na comunidade do Poço da Draga. O acesso ao Centro Dragão do Mar se dá pelas avenidas Leste Oeste, 81 (a entrada dos museus), e Pessoa Anta, 374 (perto da Caixa Cultural Fortaleza). Mais informações: Instagram @festivalcearavoador.


Quinta, 8/5

14h

Sexta, 9/5

14h

Sábado, 10/5

14h

“sirius não é tão longe”

Diretor: Nick Sanches

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2024

Duração: 14 min



“MANZAPE”

Diretor: Roney Souza

Município: Tianguá

Ano de produção: 2025

Duração: 20 min


“Linhas de Soco”

Diretor: Rafasel

Município: Juazeiro do Norte

Ano de produção: 2024

Duração: 20 min


54 min


Debate com realizadores após a sessão (50 min)


Mediação: Pedro Diógenes

“Topera”

Diretor: Rodrigo Gadelha Costa

Município: Fortaleza

Duração: 17 min

Ano de produção: 2024


“Quando Éramos Outros”

Diretor: Joaquim Emiliano Aires

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2025

Duração: 11 min


“Praia dos Crush”

Diretora: Marieta Rios

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2021

Duração: 14 min


42 min


Debate com realizadores após a sessão (50 min)


Mediação: Ana Paula

“O Medo tá Foda”

Diretor: Esaú Pereira

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2024

Duração: 16 min


“PONTE METÁLICA”

Diretores: Felipe Bruno e Wes Maria 

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2024

Duração: 17 min


“As Velas do Monte Castelo”

Diretora: Lanna Carvalho

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2022

Duração: 16 min


“No Meio de Campo”

Diretor: Vinícius Menezes

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2024

Duração: 14 min


63 min


Debate com realizadores após a sessão (50 min)




18h30

18h30

18h30

“Noites em Claro”

Diretor: Elvis Alves

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2022

Duração: 19 min



“A Luta de Nzinga”

Diretor: Eduardo Cunha Souza

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2023

Duração: 74 minutos


93 min


Debate com realizadores após a sessão (50 min)



Mediação: Déo Cardoso


“Do Lado de Dentro”

Diretora: Marina Hilbert 

Município: Fortaleza

Ano de produção: 2024

Duração: 14 min



“Todas as vidas de Telma”

Diretora: Adriana Botelho

Município: Juazeiro do Norte

Ano de produção: 2022

Duração: 72 minutos


86 min


Debate com realizadores após a sessão (50 min)




“Quando o passado for presente lembra-se de mim no futuro”

Diretor: Rafael Vilarouca

Município: Icó

Ano de produção: 2022

Duração: 18 min


“FAÍSCA”

Diretora: Bárbara Matias Kariri

Município: Crato

Ano de produção: 2025

Duração: 12 min


“Tiramisù”

Diretor: Leônidas Oliveira

Município: Aracati

Ano de produção: 2024

Duração: 20 min



Mediação: Rúbia Mércia

50 min


Debate com realizadores após a sessão (50 min)




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